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17 fevereiro 2011

Teto branco

Ontem enquanto relaxava no meu quarto, deitada no piso de madeira , ouvindo Apanhador Só, e sentindo o maravilhoso vento que secava meu suor depois de uma deliciosa corrida, eu olhava para o teto.
E aquela imensidão infinita e branca que eu observava por um angulo reto, me fez esvaziar a mente e abrir para pensamentos incríveis.
Um filme,  passava por minha cabeça, como se diante dos olhos cada momento e cada pessoa se repetisse, cada conversa, risos, e aquela música virava trilha sonora.
Me peguei rindo muito, sozinha, rindo gargalhadas cheias que me faziam tremer a barriga e eu silênciava ao mesmo tempo para não acordar quem dormia na porta da frente do meu quarto.
De todos esses anos passados, nos últimos 4 especificamente, eu não tinha uma noite sozinha tão gostosa, tão cheia de encanto e simplicidade.
O teu cheiro que volta e meia invadia o quarto, me fazia jorrar aquela sensação de entorpecimento, não era possivel ficar com a mente vazia, não naquela hora, após um turbilhão de pensamentos e lembranças invadirem e passarem, você preencheu por completo. Cada minuto, você, você, e quem diz que eu não quero me embriagar de você? Ter medo de me embebedar dessa viciosa relação, desse vício bom, e você ainda brinca com o trecho daquela musica " nosso amor é como vinho virando vinagre davagarinho" mas não é verdade amor, nosso amor será sempre o melhor vinho.
Eu vejo pessoas discordando dos nossos atos, desentendendo e desacreditando desse belo sentimento, e o que nos importa se do nosso amor a gente é que sabe?
Eu vaguei com pensamentos, eu ri, eu chorei de alegria, eu cochilei.
Acordei alí, deitada ainda no chão, com o mp4 já silenciado pelo término da bateria, com meus três gatos encostados em mim, e com o telefone tocando e me chamando para a realidade, como todas as noites, você me ligando, me chamando.
Depois de conversar como todos os dias e ainda assim tão diferente, porque é incrivel como todos os dias temos assuntos diferentes, nos despedimos com doces palavras , anciosos para que o dia chegasse e passasse para nos encontrarmos de novo. Terminei a ligação lembrando da cena da nossa foto no grande olho, nas linhas retas do banco e do teto de onde estavamos, na paz , no momento eternizado, nossa primeira foto. Dormi.

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