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24 janeiro 2011

Eram um, eram Dois

Já passavam as 22 hrs, sentada alí, na praça rodeada de restaurantes com um som abafado em volta, esperando ele.As horas passavam tão lentas, a ansiedade e a espera em vê-lo logo, mais uma vez.
Passado 45 minutos de espera aquela lentidão toda apressou-se e ele veio com aquele sorriso lindo e suas bermudas largas, de braços estendidos a protege-la num apertar de ombros que lhe arrebatava a alma.
Eram dois, e um, andando sorrindo de mãos dadas, caminho do charmoso pub irlandes da cidade que sempre fria, havia dado uma pausa e proporcionado uma noite de céu limpo e quente.
Sentados alí, no balcão do bar, era fácil perceber a incrivel energia que os cercava. Volta e meia olhavam para o nada, como se talvez tentassem entender aquilo tudo, aquele transbordar de sentimentos inexplicáveis. Os dois pares de olhos verdes se olhavam fixamente quase que todo o instante, sem palavras, sem argumentos, sem elogios, não era nada necessário.

A banda tocava em alto som, varios rostos se misturavam, mas nenhum deles com tanta certeza de tudo, e com tanta incerteza do nada.
Era dificil acreditar que aquilo estava acontecendo. Após algumas canecas de chopp a alegria que geralmente o alcool proporcionava, era abafada, coberta por uma alegria ainda maior, a alegria de não se sentir só. Nunca mais. Em um coro único, nunca mais só.
As horas passaram tão rapido que nem perceberam que o dia se aproximava, a banda que já havia silenciado, e os garçons que encerravam contas, o pub ficando vazio, e braços e abraços pareciam pouco, aquela noite não podia acabar. Encerrado os pedidos, as mãos entrelaçadas, as certezas a flor da pele, juntos novamente, em meio as ruas , um trago de cigarro, um beijo demorado , dois, mais uma vez, até a proxima vez.

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